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Projeto coleta óleo de cozinha para reciclagem


O óleo de cozinha, quando descartado de maneira incorreta, vira um grande poluente, causando prejuízos econômicos e ambientais, pois pode contaminar rios, lagos e lençóis freáticos. Para evitar tamanho prejuízo ao meio ambiente, o projeto de extensão da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) “Ação ambiental - coleta de óleo: pontos de entrega voluntária (PEV)” atua não só promovendo sua coleta, mas, também, contribuindo para a ampliação da percepção ambiental da sociedade em relação aos resíduos sólidos, em específico a reciclagem.


O projeto surgiu após uma ação ambiental iniciada pelo Núcleo de Meio Ambiente da UFSJ (Nuamb), de recolhimento de óleo de cozinha para reciclagem, através de Ecopontos - Pontos de Entrega Voluntária (PEV). Foi criado pelo servidor técnico-administrativo Gustavo Henrique Almeida, do Nuamb, uma divisão da Pró-Reitoria de Administração (Proad). Gustavo é seu atual coordenador e a equipe conta, também, com a participação da bolsista Jiulia Castro, do Curso de Ciências Biológicas.


Segundo Gustavo Almeida, a intenção vai além de coletar o óleo já usado para ser enviado para reciclagem: “o objetivo é promover a consciência ambiental na comunidade interna e externa à UFSJ, para que, de alguma maneira, possam contribuir para uma destinação ecologicamente correta dos resíduos do óleo de cozinha”. Para isso foram realizadas oficinas, rodas de conversa e palestras em escolas e centros comunitários, que mostraram grande envolvimento e participação nas ações propostas.


O projeto atua como mediador, atendendo à comunidade interna e externa à Universidade, dentro de uma proposta socioambiental que possibilita o envolvimento direto do público. A previsão é que se dê continuidade aos Ecopontos - Pontos de Entrega Voluntária (PEV) de óleo para reciclagem nos campus da UFSJ em São João del-Rei.


Descarte inadequado do óleo de cozinha


O óleo de cozinha, principalmente aquele utilizado em grandes quantidades para frituras, quando lançado sem tratamento na natureza, pode se tornar um grande agente de poluição. Se descartado diretamente no solo ou junto ao lixo comum, pode se infiltrar e poluir os lençóis freáticos. Se despejado na pia ou vaso sanitário, fica retido nos encanamentos e redes de esgoto na forma de gordura. Este acúmulo provoca entupimentos, pois retém partículas de alimentos e outras substâncias. Esta gordura também atrai pragas, como ratos e baratas, que são causadoras de várias doenças, como leptospirose, salmonelose, hepatite, giardíase, entre outras.


Quando chega em rios, riachos e lagos, o óleo fica na superfície da água impedindo a entrada de luz e oxigênio. Isto pode causar a morte de peixes e de micro-organismos responsáveis pela produção de oxigênio. Estes seres, como o fitoplâncton por exemplo, servem como base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, além de serem alguns produtores de oxigênio para a atmosfera terrestre.


Publicado em: 02/04/2019

Texto: Rafael Nascimento

Foto: Divulgação


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