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A saúde natal com o programa NASCER


O NASCER - Núcleo de Atenção à Saúde da Coletividade como Estratégia de Rede é um programa de extensão do curso de Enfermagem da UFSJ que visa abordar temas sobre a saúde materno-infantil e pretende ajudar, principalmente, mulheres durante as suas vivências nas diversas fases do ciclo de vida feminino. Sediado no Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO), em Divinópolis, há mais de 10 anos trabalha em benefício da comunidade, implementando ações que procuram fortalecer a rede de assistência à mulher no período de pré-natal e neonatal, processo que ainda não é totalmente contemplado na cidade.


Com suas atividades, o NASCER procura ajudar e apoiar seu público por meio de orientações, acompanhamento e informação. “Atuamos diretamente com as crianças, adolescentes, jovens, adultas, gestantes, puérperas, lactantes e seus familiares e idosas, abordando temas de interesse específico a cada uma dessas fases, a saber: vivência da sexualidade, planejamento reprodutivo, pré-natal, parto e puerpério, cuidados com os recém-nascidos e bebês, amamentação, patologias ginecológicas e o climatério”, traz a professora Luciana Netto, coordenadora do programa.


Assim, o NASCER procura valorizar o autoconhecimento e o autocuidado para que o cidadão tenha uma maior participação social e uma tomada consciente de decisões nos processos de saúde. Segundo Luciana, o programa “busca, ainda, trabalhar no conceito ampliado de saúde, que envolve ações que visam a promoção dela, bem-estar e qualidade de vida, colaborando em ações com foco na sustentabilidade, empreendedorismo e valorização da arte, cultura e lazer''.


Conversando com seu público


Diversos fatores têm impacto na gestação e no cuidado com a mulher e o recém-nascido. A bolsista Mayrane Ribeiro conta que suas experiências no programa foram marcantes e especiais: uma delas, durante o movimento “Mamaço”, evento mundial no qual mães se reúnem para amamentar e compartilhar informações, incluiu a interação com uma mãe de recém-nascido. “Ela estava desesperada e a gente ajudou com o manejo do aleitamento materno. Explicamos pra ela como é que funcionava, como tinha que ser a pega correta, e ela parou de sentir dor”, traz Mayrane.


Outro momento que a bolsista trouxe foi o auxílio a uma mãe que, após uma redução de mama e duas gestações, teve problemas ao amamentar sua terceira criança. Com o contato com o programa ela teve ajuda da bolsista, que propôs o processo de relactação e translactação, métodos que consistem em técnicas com a utilização de uma sonda próxima ao mamilo para conduzir o leite de um recipiente para a boca do bebê. Nesse processo, outros fatores também são importantes, como Mayrane aponta: “É claro que, antes de fazer esse trabalho com ela, a gente vai tentar primeiro trabalhar a pega correta, porque isso interfere diretamente na produção do leite. Trabalhar com ela o mental também, porque na primeira gestação ela teve fissuras, que causam dor. É bem frustrante e bem ruim pra mãe passar por isso. Então, fazer uma escuta terapêutica, algo assim.”


O programa tem como forma de contato com a comunidade o Instagram @nascer_ufsj, onde é feita a divulgação de eventos e posts informativos, e o site, que foi lançado agora em agosto, no endereço http://ufsj.edu.br/nascer. Além das redes sociais, os membros do NASCER têm parcerias com instituições como o SOS do Câncer, com algumas ESF e com escolas, indo aos locais selecionados para oferecer palestras, capacitações e materiais.


Como as mulheres atendidas podem continuar recebendo o apoio do NASCER? Segundo Mayrane, “sempre que a gente atende uma mulher ou uma família na qual vemos a necessidade de um amparo, a gente não só ajuda no momento ali, mas também passamos o número de alguma integrante, caso a mulher precise ou queira entrar em contato”. O programa também se dedica a elaborar e disponibilizar tecnologias educacionais que servem de apoio para consulta posterior, em caso de necessidade de rever alguma orientação recebida durante as ações extensionistas. Dessa forma, continua cumprindo sua responsabilidade para além dos momentos pontuais, com disponibilidade para atendimento de acordo com as necessidades da comunidade.


Vale ressaltar que, além do público alvo do programa, o NASCER também beneficia os estudantes de escolas públicas e privadas, profissionais de saúde, instituições parceiras, projetos e programas de extensão e membros da comunidade interna e externa da UFSJ por meio de suas ações. Assim, mostram a confiança de seu trabalho com o compartilhamento de orientações atuais e seguras, baseadas nas mais recentes evidências científicas disponíveis na literatura nacional e internacional, junto à dedicação e atenção oferecida pelos membros do Núcleo


Luiza Tomey, bolsista do Comunica Extensão

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